D'IMPROVISO

Projecto comunitário dedicado a pessoas a partir dos 12 anos que pretende combater a exclusão social e artística através de práticas artísticas e de IMPROVISAÇÃO
O D’Improviso é um projeto da Associação Sons da Lusofonia focado em criar ferramentas inovadoras para os jovens de forma a combater a exclusão social e artística que tem apoio da CCDR-Lisboa até ao fim de 2023. Estamos a trabalhar a Improvisação (como é estudada na música, mas não só) como ferramenta para arriscar uma nova atitude e novas ações perante a comunidade e os desafios que nos são colocados num mundo tão desigual. Perante os problemas que se encontram nos mais diversos ambientes familiares, escolares e urbanos das grandes cidades, o projeto D’Improviso pretende levar aos diversos locais um formato experimental e inovador, como um laboratório sociocultural, que, explorando a experiência da música improvisada, contribua para a construção de uma cidadania ativa e criativa através de programas artísticos.
Para combater a exclusão artística e social e a pobreza imaterial estamos a construir conexões, a partir dos paradoxos da improvisação no Jazz por nós já trabalhados ao longo de anos, que exigem generosidade e coragem de todas as partes. Criaremos grupos, apostando na liberdade individual, que mostrem como é possível através da cultura, com vários saberes dentro, oferecer à comunidade novos caminhos e novas práticas exaltando a democracia e a justiça social usando a criatividade.
Os jovens menores de 18 anos apresentam ainda em Lisboa entre 37 e 44% de vulnerabilidade e risco de pobreza além de estarem bloqueados na sua mobilidade e “presos” a uma repetição de sistemas normativos e escravizantes que não lhes permitem o reconhecimento das suas potencialidades através de experiências artísticas concretas. Falta-lhes muitas vezes conhecer as tradições artísticas e culturais para arranjar ferramentas para mudar ruma das suas vidas.
Este projeto, que irá continuar após 2023, pode ajudar a compensar as privações agudas no ambiente familiar e social, nomeadamente através de acesso a recursos pedagógicos, e pode servir como estímulo num meio de altamente vertiginoso que desmotiva as pessoas e comunidades carenciadas. Por isso, direcionamos este projeto para pessoas a partir dos 12 anos, que têm já a capacidade de arriscar, essencial para um projeto assente na improvisação e na independência.
As ações de formação pluridisciplinar, sendo concebidas como espaços de partilha e de conversas, com vertente prática/teórica, colocam a tónica na criação e no cruzamento das várias áreas artísticas e visam partilhar métodos, técnicas discursivas e instrumentais juntamente com materiais de várias linguagens contribuindo para o enriquecimento pessoal e coletivo potenciando as formas de expressão.
Na era da híper-conectividade estamos a perder o espaço de convergência autêntica e de trocas de experiências que são uma excelente ferramenta para praticar a empatia e fortalecer a integração. Nós não vamos ensinar porque todos estamos sempre a aprender. Improvisar, desde a conversa à música, é reacender uma ligação orgânica que é a base do universo e por isso da Humanidade. Atualmente muitos jovens em Lisboa não têm acesso a estes processos e começam a partir dos 12/13 anos a experimentar, com exceções, uma conectividade estéril de conhecimento, de solidariedade e de consciência colectiva porque são empurrados para um mundo de exclusão. É importante recolocar a tónica na inovação englobando a reflexão, a análise, a imaginação e a relação entre tudo e todos. Aí reside, no nosso entender, o núcleo da sociedade contemporânea. É fundamental despertar a consciência da criação artística, do espírito crítico e interventivo sendo critico e generoso consigo mesmo, com os outros e com o Mundo.
Sobre o projecto, Carlos Martins, director da Sons da Lusofonia acrescenta:
Consulte a Ficha de Projecto aqui.
Para mais informações contacte-nos através de dimproviso.asl@gmail.com
“Como pessoas ligadas à improvisação inspira-nos defender e divulgar a democraticidade que se observa naturalmente, sem hierarquias, num grupo de jazz”.

Actividades em curso:
Actividades 2022/23

