As Novas Marchas do São Luiz foi um projecto de 2006 da autoria de Carlos Martins e produzido para o São Luiz Teatro Municipal.
O projecto começou a formar-se quando, em 2005, os compositores Carlos Martins e Pedro Moreira foram jurados do concurso das marchas populares de Lisboa e passam três dias a ouvir composições “repetitivas”. A partir daqui, tornou-se essencial organizar uma forma de compor e expor marchas novas, diferentes, com contribuições de outros códigos musicais.
A ideia para este projecto partiu da renovação da composição musical das marchas e a necessidade de criar pontes entre a cultura popular e os compositores de outras áreas.
O álbum, com a chancela da Som Livre, reuniu 12 marchas, seis cantadas e seis outras tocadas por cavalinho, acompanhamento instrumental tradicional das marchas, constituído por clarinete, saxofone alto e tenor, trompete, bombardino, tuba, caixa, pandeireta, triângulo, glockenspiel, bombo e pratos.
Pedro Moreira, Carlos Martins, Bernardo Sassetti, José Mário Branco, Vitorino, Sérgio Godinho e António Victorino d”Almeida foram os compositores intervenientes, as vozes de Sílvia Filipe e Maria Antónia Mendes, do projecto A Naifa. Todos os temas tiveram em comum o querer “renovar por fora e não por dentro” um género que só existe desde os anos 30 e que, se por um lado tem códigos bem fixos, por outro ainda é permeável a inovações. Sobre as influências de cada um dos compositores.
“Na marcha de Vitorino, há influências do Brasil; na Carlos Martins, o reggae; no Pedro Moreira, a contemporaneidade; no Bernardo Sassetti, o humor; e de Vitorino d”Almeida, o lado sinfónico”, Carlos Martins e Vitorino, em entrevista ao Público.